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Mostrando postagens de 2016

É pela vida das mulheres: A Luta pela autonomia feminina e legalização do aborto.

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Por Valéria Martins O dia 28 de setembro é o dia de luta pela descriminalização do aborto na América Latina e no Caribe, uma discussão pelos direitos reprodutivos e pela autonomia feminina sobre o seu corpo e sexualidade. Discutir a legalização e descriminalização do aborto no brasil é, antes de mais nada, discutir sobre a vida e morte de milhares de mulheres, sobretudo negras, o que faz com que a tema tenha um viés de gênero e de classe, e a socialização da maternidade enquanto condição feminina imutável. escrevalolaescreva.blogspot.com A situação do aborto no país é uma discussão que vem sendo feita há muito tempo. Calcula-se que a questão está em debate há mais de 20 anos no legislativo e entrou como pauta do movimento feminista nos anos 80. Desde então, alguns debates começam a ocorrer por pressão do movimento feminista e o movimento de mulheres, que não se dizia feminista o suficiente, mas que acreditavam que a questão do aborto no Brasil é uma questão de saúde pública

Feminismo Interseccional: O olhar do CFLCM

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Por Valéria Martins e Priscila Figueiredo O Movimento político que visa a desconstrução da opressão de gênero e do sexismo não é um molde: existem vários feminismos , e com isso diversas vertentes, perspectivas e modos de se pensar e fazer a luta feminista. Entretanto, é importante entender que o feminismo é um movimento político que versa sobre a desconstrução dos padrões machistas de uma sociedade patriarcal e por conta disso, compreendemos que a sua base politica deve ser antirracista, combatente da LGBTfobia e as diferentes formas de opressão que se interseccionam e recaem sobre os grupos socialmente excluídos. Nesse texto iremos abordar um conceito/vertente do feminismo chamado interseccionalidade e a sua importância para a luta feminista. A Interseccionalidade é um conceito sociológico e também vertente ligada ao feminismo negro, cunhado pela especialista em questões de raça e gênero, Kimberlé Crenshaw , que define o termo como “formas de capturar as consequências da i

Relacionamento abusivo

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Por: Luara Silva Comecei a ler alguns materiais sobre relacionamento abusivo. Confesso que quis parar na metade da leitura. Porquê? Bom, à medida que você vai lendo e compreendendo a dimensão da situação que você pode estar sendo vítima – sim, porque o culpado pela violência é o agressor, nunca a vítima – seu “inconsciente” diz: PARE! VOCÊ NÃO PODE SE IDENTIFICAR COM ISSO, É LOUCURA. Eu tinha duas opções, continuar lendo e fazer uma autocrítica sobre minhas relações ou continuar cegamente acreditando que era loucura. Optei pela primeira opção, eu precisava entender o porquê algumas pessoas não conseguem sair de um relacionamento abusivo. Mas é importante ressaltar que eu não vivi uma relação abusiva (um pouco confuso né?!). Bom, eu presenciei, convivi 18 anos com um relacionamento abusivo dentro de casa, sim, estou falando da relação dos meus pais. E isso faz tudo tomar uma proporção diferente, na condição de filha o que eu poderia fazer? Quais atitudes eu poderia tomar? A

Cultura do estupro: até quando?

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*Priscila Figueiredo O ano de 2016 tem sido marcado por intensos debates no âmbito dos direitos humanos, em especial, sobre os direitos das mulheres. Essa efervescência tem sido motivada, dentre outros motivos, pela visibilidade que os casos de violência contra a mulher têm tido, não só no âmbito nacional como local. No que tange aos casos de violência sexual o debate sobre a cultura do estupro tem tido um destaque proeminente. O estupro é uma das formas mais cruéis de violência contra outro ser humano. Ele provoca efeitos devastadores no campo psíquico e físico de suas vítimas. Apesar disso, infelizmente, ele ocorre em demasia na nossa sociedade. Os altos índices de violência, em especial, contra meninas e mulheres, a impunidade dos agressores e a legitimação da ação por parte da sociedade, juntamente com a culpabilização das vítimas pelas agressões sofridas, configuram o que é chamado cultura do estupro . super.abril.com.br O estupro de forma genérica, atualment

As mulheres, seus direitos e participação política no Brasil

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Por Renata Mendes Mendonça, advogada. Ser mulher é viver a vida no modo hard , ou seja, de maneira mais difícil do que vivem os homens. Sabe quando um joguinho tem aquela opção antes de começar? Fácil, Moderado, Difícil?! Então, quando se é mulher está se jogando o jogo da vida no modo difícil. www.reformapolitica.org.br Claro que outros fatores também contribuem para que a vida esteja do modo difícil, como ser negra, ser pobre, ser homossexual, ser transexual, etc. No entanto, aqui vamos abordar sobre esse aspecto não singular que é SER MULHER. Não singular porque somos metade da população mundial. Mas, sendo metade da população mundial feminina, como a mulher não goza de plenitude de direitos?

FAREI 30 ANOS. TRINTA.

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Oi, eu sou Renata, nasci em 1986, estamos em 2016, logo, este ano FAREI 30 ANOS. TRINTA. T R I N T A.  bom, ainda faltam uns meses, em agosto só. “Mas o que é isso mulher? tá em crise? desesperada com a idade? se vai casar, ter filhos?” Nãoooo moçaaa (e moço), nada disso aí. Estou ansiosíssimaaaaa…. Sempre digo para meus amigos(as) que estou melhor a cada ano. Não tenho uma gota de saudade do colégio, da faculdade, do ano passado. A vida tem sido muito boa comigo e amadurecer tem sido muito bom de maneira que eu não sinto saudade nunca de quem eu era, apenas acho maravilhoso quem eu me torno a cada ano. Então, ocorre que, no meu imaginário, os meus trinta anos será tipo ULTRA MASTER MEGA MARAVILHOSO.

Relato do nascimento da Céu

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*Por Priscila Figueiredo  Li muitos relatos e eles foram muito importantes no meu processo de empoderamento. Estou abrindo um pouco nossa intimidade mas não poderia deixar de retribuir pro todo e quem sabe contribuir com o empoderamento de alguma mulher. RELATO DO NASCIMENTO DA CÉU Eu pari a Céu acocorada no chão do quarto e eu fui a primeira pessoa a encostar nela, depois de ouvir a parteira dizer “Pega ela, é tua filha”. Segurei minha florzinha ainda toda sem jeito e coloquei no meu colo. E ali ficamos por horas, pois era só isso que nós duas precisávamos: do contato uma da outra.   Um encontro tão desejado. Não tem como lembrar disso e não chorar.   Um choro tão bom, tão suave, tão feliz. Uma lembrança que traz consigo toda uma vivência, todo um processo longo, doloroso de desconstrução, de muitos encontros, relatos e leituras. E que permitiu que hoje eu diga que, com uma gravidez de baixo risco, essa foi a forma mais segura e saudável possível que a Céu poderia ter